Aras propõe cortes no MPF que atingem investigações políticas

Setores como o de cooperação internacional, que colaboram com a Operação Lava Jato, estão entre os afetados

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Jornal GGN – A Procuradoria-Geral da República sob Augusto Aras publicou uma portaria que causou polêmica em setores do Ministério Público Federal. O texto propõe cortes de aproximadamente 50 assessores de diversos órgãos de investigação, incluindo o grupo de trabalho da Lava Jato.

A mesma portaria cria 74 cargos de assessores nos gabinetes dos subprocuradores-gerais da República, topo da hierarquia do Ministério Público Federal (MPF). Segundo Aras, esses cargos são uma “demanda antiga devido à carga de trabalho” dos subprocuradores.

Entre os setores que perderam cargos estão a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea), que faz os relatórios de inteligência a partir de dados de órgãos como o Coaf. Dos 47 postos, 30 serão mantidos.

A Secretaria de Cooperação Internacional (SCI), um dos destaques da Lava Jato, tem 29 assessores e pode cair para 15.

A própria chefia de gabinete de Aras perderia metade dos 30 cargos que possui hoje.

A portaria gerou discussão no MPF e fez Aras recuar. Ele disse que a reestruturação não é definitiva e que, diante das informações de cortes, os responsáveis pelos órgãos pode informar suas necessidades de servidores para análise do remanejamento final.

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