China: Administração Pública obrigada a substituir PCs e software estrangeiro

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A China há muito tempo que não vivia uma situação comercial com os Estados Unidos tão conturbada. O nacionalismo é algo que temos como associado a este país e agora, apesar de não ser uma decisão que afetará exclusivamente o país de Trump, é certo que será um dos mais atingidos.

Até 2022, todas as entidades governamentais e instituições públicas serão obrigadas a substituir o seu hardware e software estrangeiro por soluções nacionais.

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EUA vs. China – A guerra continua

Depois da decisão norte-americana de banir aquisição de equipamentos da Huawei, eis que o governo chinês deu mais uma resposta. Agora, os órgãos públicos serão obrigados a substituir todos os seus computadores e software estrangeiro, por soluções nacionais.

Esta ordem tem como prazo o ano de 2022. Até lá, todas as entidades governamentais e instituições públicas terão que passar por um processo de transição.

Dell, HP ou Microsoft, as mais afetadas

Obviamente que esta decisão, tendo como motivação a entrada da Huawei nos Estados Unidos, afetará empresas norte-americanas.

A Dell, Microsoft ou HP, são alguns dos exemplos de empresas que mais serão prejudicadas com esta decisão.

Na verdade, esta medida vem ao encontro de uma campanha mais ampla de redução da dependência da China de fornecedores estrangeiros no sector tecnológico. Principalmente, numa altura em que a guerra comercial com os Estados Unidos continua a existir.

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De recordar que a Microsoft cooperou diretamente com a China na criação de uma “Edição do Governo Chinês” do Windows 10, em 2017. No entanto, a diretiva emitida por Pequim define que todas as entidades públicas devem mudar para sistemas operativos inteiramente chineses.

Há ainda que referir que os sistemas operativos chineses, como o Kylin OS, são muito mais limitados. Assim, têm muito menos programadores a produzir software compatível, o que poderá ser um entrave à mudança.

Há, no entanto, uma perda que vai além dos Estados Unidos. Esta guerra acaba por afetar empresas pelo mundo inteiro que exportam as suas tecnologias para este gigante econónomico.