https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2019/12/Miss-Universo-Zozibini-Tunzi-Foto-Reprodu%C3%A7%C3%A3o-ABS.png

Modelo negra vence Miss Universo e critica racismo e machismo

Miss Universo premia modelo da África do Sul. Foto: Reprodução/ABS CBN Entertainment

‘Quero que crianças olhem para mim e vejam seus rostos refletidos no meu’, disse Zozibini Tunzi

Entre 88 candidatas a Miss Universo 2019, a vencedora foi a sul-africana Zozibini Tunzi, de 26 anos. A modelo fez declarações contra o racismo e o machismo. O evento foi realizado no domingo 8, em Atlanta, nos Estados Unidos. Madison Anderson, de Porto Rico, ficou em segundo lugar, seguida da mexicana Sofía Aragón.

CartaCapital precisa de você para continuar fazendo um jornalismo que vigia a fronteira entre a civilização e a barbárie. Um jornalismo que fiscaliza o poder em todas as suas dimensões. Sua luta é a nossa luta. Seja Sócio CartaCapital. A democracia agradece.

SEJA SÓCIO

É a terceira vez que a África do Sul ganha o prêmio. Em 1978, o país foi vitorioso com Margaret Gardiner, e em 2017, com Leigh Nel-Peters. Zozibini foi a única negra a receber o título desde 2011, quando Leila Lopes ganhou representando a Angola. A miss fez críticas ao preconceito sobre as mulheres negras.

“Eu cresci em um mundo onde mulheres que se parecem comigo, com a minha pele e o meu cabelo, nunca foram consideradas bonitas. Já chegou a hora de pararmos com isso. Quero que crianças olhem para mim e vejam seus rostos refletidos no meu”, disse, após ser perguntada sobre sua atuação caso fosse vencedora.

➤ Leia também:
   •  UFRJ cria pela primeira vez em sua história uma pós graduação sobre autores negros brasileiros
   •  'Tinder dos livros' conecta leitores negros a doadores e mobiliza mais de mil títulos
   •  Família de mulher que disse não gostar de negros se desculpa: “Pedimos compaixão"

Em seu discurso, Zozibini também exaltou a necessidade de mulheres ocuparem espaços de liderança.

“Acho que a coisa mais importante que deveríamos estar ensinando para jovens meninas hoje é a liderança. É algo que tem faltado em jovens meninas e mulheres há muito tempo. Não porque não queremos, mas por causa do que a sociedade definiu o que mulheres seriam”, afirmou.

Também postulante ao título, a mineira Júlia Horta ficou entre as 20 mais bonitas, mas foi eliminada antes da final. O Brasil só venceu o Miss Universo em 1963, com Iêda Maria Vargas, e em 1968, com Martha Vasconcellos.

 

Muito obrigado por ter chegado até aqui...

... Mas não se vá ainda. Ajude-nos a manter de pé o trabalho de CartaCapital.

O jornalismo vigia a fronteira entre a civilização e a barbárie. Fiscaliza o poder em todas as suas dimensões. Está a serviço da democracia e da diversidade de opinião, contra a escuridão do autoritarismo do pensamento único, da ignorância e da brutalidade. Há 25 anos CartaCapital exercita o espírito crítico, fiel à verdade factual, atenta ao compromisso de fiscalizar o poder onde quer que ele se manifeste.

Nunca antes o jornalismo se fez tão necessário e nunca dependeu tanto da contribuição de cada um dos leitores. Seja Sócio CartaCapital, assine, contribua com um veículo dedicado a produzir diariamente uma informação de qualidade, profunda e analítica. A democracia agradece.

SEJA SÓCIO

Carregando...