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Wendel
Foto: EPA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

Wendel avisou colegas da chegada dos invasores e foi agredido com chapada

Wendel, jogador do Sporting, relembra, esta segunda-feira, no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, o que aconteceu na tarde de 15 de maio de 2018. "Estava no ginásio quando ouvi uma multidão a chegar e dirigi-me ao balneário para avisar os meus colegas de que estavam a chegar adeptos", disse Wendel

Enquanto estava no balneário, o médio do Sporting ouviu os adeptos a tentar entrar pela porta do exterior, fechada, e a baterem na janelas. "Quando entraram, cerca de 30 adeptos, disseram para tirarmos a camisola porque não éramos jogadores para o Sporting". De seguida, começaram as agressões.

Wendel foi agredido com uma chapada na cara e viu os colegas Acuña, Misic e William Carvalho serem agredidos. "Baixei logo a cabeça", disse à Procuradora do Ministério Público. Wendel admitiu não se lembrar de muitos detalhes do ataque, "que foi muito rápido", e recordou o fumo intenso que ficou no balneário depois das tochas lançadas.

"Fiquei com muito medo de que voltasse a acontecer", disse Wendel. Questionado sobre os incidentes na Madeira, nas garagens do estádio de Alvalade e sobre a reunião com Bruno de Carvalho um dia antes do ataque, Wendel disse não se recordar de qualquer pormenor.