Bruno Silva processa Cruzeiro por atraso em parcelas da rescisão de contrato; saiba valores
Hoje no Internacional, volante cobra cerca de R$ 2 milhões do clube celeste
by Tiago MattarO volante Bruno Silva, do Internacional, processou o Cruzeiro na Justiça do Trabalho pelo atraso no pagamento de parcelas da rescisão de contrato, assinada em janeiro deste ano. De acordo com a petição inicial, produzida pela defesa do volante e obtida pelo Superesportes, o clube celeste, que optou pelo distrato, acordou quitar uma multa de R$ 3.016.775,26 em 13 parcelas, mas ainda deve R$ 2.116.183,44.
“Restou acertado que o clube reclamado (Cruzeiro) pagaria ao reclamante (Bruno Silva) a quantia total líquida de R$ 3.016.775,26, divididos em 13 parcelas, sendo a primeira parcela no valor líquido de R$ 247.500,10 com vencimento em 15/01/2019, e as 12 demais parcelas seguintes, mensais e sucessivas, no valor líquido de R$ 230.772,93, com vencimento no dia 10 de cada mês, a partir de 10/02/2019”, diz trecho do documento, divulgado inicialmente pelo blog Deus me Dibre.
De acordo com a defesa de Bruno Silva, o Cruzeiro atrasou o pagamento de “algumas parcelas” e descumpriu “completamente” a quitação de oito delas (segundo a defesa, o clube não transferiu valores da 6ª à 13ª parcelas). Em tópicos, o documento detalha os pagamentos que foram realizados:
- No dia 15/01/2019 pagamento de R$247.500,00, referente à 1ª parcela que venceu em 15/01/2019;
- No dia 11/02/2019 pagamento de R$230.772,93, referente à 2ª parcela que venceu em 10/02/2019;
- No dia 18/03/2019 pagamento de R$230.772,93, referente à 3ª parcela que venceu em 10/03/2019;
- No dia 12/04/2019 pagamento de R$230.772,93 , referente à 4ª parcela que venceu em 10/04/2019;
- No dia 03/07/2019 pagamento de R$60.000,00, que somado a outro pagamento realizado no dia 04/07/2019 no valor de R$170.772,93, importou no total de R$230.772,93, referente à 5ª parcela que venceu em 10/05/2019.
Os advogados do ex-volante do Cruzeiro cobram, além do pagamento das parcelas, a inclusão em contrato de uma multa de R$ 270 mil ou aplicação de juros de 5% sobre o valor de nove partes do acordo quitadas em atraso, o que representaria mais R$ 103.847,81 em débitos para o clube celeste.
A petição inicial foi assinada digitalmente pelo advogado Marcus Vinicius Perretti Mingrone em 5 de novembro. A primeira audiência aconteceu nesta segunda-feira, 9 de dezembro, na 37ª Vara do Trabalho em Belo Horizonte.
Salário
Na petição, também chamou atenção o valor do salário de Bruno Silva. Contatado em dezembro de 2017 por cerca de R$ 5 milhões como uma aposta do então vice-presidente de futebol, Itair Machado, o volante desembarcou em Belo Horizonte para receber, no primeiro ano de vínculo, R$ 270 mil - sem levar em consideração os valores de luvas e comissões para empresários.