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Manifestação em São Paulo pela prisão em 2º instância Foto: Divulgação/MBL

Organizadores admitem fracasso de manifestações em favor de prisão após 2ª instância

Atos realizados no domingo na Av. Paulista foram puxados pelo PSL, Vem Pra Rua e MBL; Boicote de bolsonaristas teria influenciado no fracasso

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Jornal GGN – Organizado pelo PSL, Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL), os protestos realizados neste domingo (8), na Av.Paulista, capital de São Paulo, em apoio às propostas de lei prisão após segunda instância que tramitam no Congresso não reuniu o contingente de pessoas esperadas, tanto que não foi pautada pelos principais jornais do país.

As manifestações também foram organizadas em outras capitais, reunindo dezenas de pessoas, ao invés de milhares. Para o colunista Chico Alves, do UOL, a explicação do fracasso se explica por dois motivos. O primeiro é o não apoio do governo Bolsonaro. O segundo, a fato de as propostas que tramitam no Congresso terem incluído os assuntos cíveis e tributários, além criminais.

“O resultado das manifestações ontem evidenciaram o quanto esses atritos do presidente com o partido impactaram o poder de mobilização, que sempre foi muito forte entre a militância do PSL”, disse ao colunista o deputado Junior Bozella (PSL-SP). “O fato de o Palácio do Planalto não ter se empenhado em reverter a liberação da prisão após o julgamento em segunda instância e de alguns deputados ligados ao presidente terem sido orientados a não irem contra a decisão do STF não vai nos impedir de brigar na Câmara”, pontuou.

O parlamentar disse ainda que, “independente da pressão popular”, a ala do PSL não-bolsonarista continuará se articulando pela votação da proposta de prisão após condenação em segunda instância.

Colega dele no PSL, o deputado Delegado Waldir (GO), aposta que o fracasso da manifestação não terá influência no Congresso. “É um assunto que sempre foi demandado, não vai ser uma manifestação que vai medir a necessidade da prisão em segunda instância”.

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O colunista Chico Alves observa ainda que o Congresso poderá ser influenciado a não votar pela prisão após segunda instância por conta da inclusão das áreas cíveis e tributária, além da criminal nas propostas que tramitam nas duas casas sobre o tema.

O deputado Waldir confirmou que a inclusão dos assuntos “é uma armadilha para que o projeto não seja aprovado”, apesar de ele mesmo, como parlamentar, não ser contra a forma como foram editadas as propostas.

“Deputados de centro, porém, acham difícil que haja celeridade na decisão sobre o assunto, ainda mais com a inclusão dos delitos tributários e trabalhistas na discussão. Há quem arrisque que o debate vá durar seis meses. Pelo menos”, conclui o colunista.

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