Contra atrasos, professores fazem greve de 1 dia e protestam na prefeitura

Educadores reclamam do quinto escalonamento seguindo de salários feito pela prefeitura, mesmo com dinheiro do Fundeb

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Educadores da rede municipal de ensino protestam na prefeitura (Foto: Gracindo Ramos/Divulgação)

Educadores da rede municipal de ensino fazem greve de um dia nesta segunda-feira (9) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. O principal motivo da paralisação é o atraso no pagamento dos salários.

Conforme o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), pelo quinto mês seguido a prefeitura escalonou o salário dos servidores, inclusive da educação, apesar de o setor ter verba garantida do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Na sexta-feira (6), a prefeitura pagou o salário de novembro a 4.676 dos 7.428 servidores municipais. O salário foi depositado para quem recebe até R$ 3.450,00 líquidos, incluindo 1.516 profissionais da educação. Os demais recebem nesta semana, segundo a Secretaria de Fazenda.

A folha salarial da prefeitura soma R$ 21,5 milhões. São R$ 13,8 milhões pagos com recursos próprios do município e R$ 7,6 milhões com repasses do Fundeb.

O presidente do Simted, Juliano Mazzini, afirma que a atual administração não dialoga com a categoria e promove sucateamento da educação. “Os trabalhadores fizeram jus ao salário, não estamos pedindo algo que não seja direito”, afirmou.

Em protesto que acontece nesta manhã no CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk (sem partido), Mazzini disse que Dourados não tem problema de falta de dinheiro para a educação e que o repasse do Fundeb aumentou neste ano. Os educadores cobram também o pagamento do 13º salário até dia 20 deste mês e pagamento das férias em janeiro.

Outro motivo da greve de um dia é o fechamento de salas de aula de 8° e 9° anos em escolas do município. Segundo o Simted, a informação de que turmas de séries finais do ensino fundamental podem ser fechadas e que os alunos deverão ser matriculados em outras escolas, mais precisamente em escolas da Rede Estadual, pegou as comunidades escolares de surpresa.

“Para onde irão os alunos das escolas que estão sendo fechadas? Para onde irão os alunos do Ceim que será fechado? As crianças têm direito de estudar perto de casa”, afirmou Juliano Mazzini.

Na semana passada, o secretário de Governo Celso Schuch dos Santos, avaliou a greve liderada pelo Simted como “descabida” e disse que o município faz esforço para pagar o salário de todos os servidores no quinto dia útil.

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