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Julgamento decorre no Tribunal de Bragança
Foto: Arquivo Global Imagens

Reclusos acederam ao sistema informático da cadeia e gastaram 3492 euros em duas semanas

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Dois reclusos do Estabelecimento Prisional de Izeda, em Bragança, estão acusados de um crime de burla informática e 144 crimes de falsidade informática por terem acedido ao sistema informático do bar e da cantina da cadeia para fazer compras. Em duas semanas gastaram 3492 euros em produtos alimentares e de higiene e em tabaco.

O caso começou esta segunda-feira a ser julgado no Tribunal de Bragança mas remonta a 2014, quando os reclusos, de 43 e 45 anos, um do Funchal e outro de Esposende, trabalhavam no bar do Estabelecimento Prisional (EP) de Izeda. Segundo a acusação, os arguidos aproveitaram as férias do responsável para se apoderar da senha do sistema informático que permitia carregar os cartões electrónicos usados pelos presos no bar e na cantina, para evitar o manuseamento de dinheiro, quando fazem pagamentos. Os cartões são carregados em terminais através do acesso ao programa informático, por meio de uma senha de administrador, depois introduz-se o número interno de cada recluso.

O responsável havia deixado a senha de acesso ao sistema escrita num papel debaixo de um bloco de papel que servia de base na secretária, para o caso da colega carecer de o usar. No dia 20 de junho, os dois arguidos acederam à senha e carregaram os cartões com saldo não autorizado para uso próprio. Entre o dia 10 e 23 de agosto acederam ao sistema e às senhas de outros 13 reclusos que raramente usavam os cartões. O esquema só foi detetado quando o responsável regressou ao trabalho, após as férias, e verificou "uma incongruência nos stocks".