Caso de Tombos
Laudo aponta que filho com paralisia foi morto a facadas pelo pai
A conclusão desmente o suspeito que falou que David Lucca teve convulsão e morreu; a mãe da criança também foi assassinada pelo homem
by Natália OliveiraA Polícia Civil de Minas Gerais divulgou, nesta segunda-feira (9), que o laudo da ossada do menino David Lucca Silva Machado, de 1 ano e 9 meses, vítima de homicídio praticado pelo próprio pai, Aislan Souza e Silva, de 29 anos, indica que o menino foi morto por facadas.
Em depoimento à polícia, quando foi preso no mês passado, o suspeito alegou que o filho tinha passado mal dentro do carro e que ele deixou o menino em uma área rural, às margens da BR-040, supondo que David estaria morto por sucessivas convulsões. A criança tinha paralisia cerebral.
A versão do suspeito não condiz com que foi concluído pelo laudo da polícia. Silva está preso desde o último dia 22 de novembro e a disposição da Justiça. O homem é suspeito de matar também a mãe da criança, Fiama Antônia de Freitas Marchado, de 25 anos.
Mãe e filho desapareceram em Tombos, na Zona da Mata, no último dia 9 de setembro. No dia seguinte, o corpo da mulher foi encontrado carbonizado em Itabira, na região Central do Estado. Os restos mortais foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).
Ao ser preso, o suspeito contou que deu carona para mãe e filho de saírem de Tombos e virem para Belo Horizonte, no entanto, durante o trajeto, ele brigou com Fiama e ocorreram agressões físicas. Na versão do suspeito a mulher teria colocado o dedo no olho dele.
Por causa disso, ele disse que não conseguiu se controlar, pegou um canivete dentro do veículo e esfaqueou Fiama no pescoço. Acreditando que ela já estava morta, tirou o corpo do carro, jogo gasolina e ateou fogo. Os restos mortais do bebê foram encontrados no último dia 22, quando o próprio pai apontou o local onde havia deixado.
“A rota utilizada, o transporte irregular de gasolina no interior do veículo e as circunstâncias indicam que esse crime bárbaro foi premeditado”, aponta a delegada Maria Alice Faria, pela assessoria de imprensa da Polícia Civil.