Cristina Ferreira e Cláudio Ramos choram em direto com sofrimento de idosos expulsos de casa
Os casos dos habitantes da aldeia de Ribeira de Baixo, que desaparecerá por cauda da barragem de Daivões, comoveu Cristina Ferreira e Cláudio Ramos.
Na aldeia da Ribeira de Baixo, 49 de um total de 59 casas vão desaparecer quando, em meados de 2020, começarem a encher a barragem de Daivões, integrada no Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET). Alguns habitantes já começaram a ser temporariamente realojados em contentores. Para outros, avizinha-se o mesmo destino. Sentem-se indignados, injustiçados e tristes por perderem os lares que construíram com o trabalho de uma vida. «Sempre lutei para ter uma casinha minha e afinal não ganhei nada», diz uma das intervenientes.
Cristina Ferreira deu-lhes voz n’O Programa da Cristina desta segunda-feira, 9 de dezembro. «Além de todas as polémicas que existem à volta disto, nós quisemos mostrar os afetos, a forma como as pessoas largam as memórias. Porque as memórias vão ser largadas. Não há o que ver depois: está debaixo de água. Tudo vai ficar debaixo de água», disse a apresentadora no final da reportagem emitida no matutino da SIC.
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O caso de Ribeira de Baixo levou-a às lágrimas. A ela e a Cláudio Ramos. É a ligação à terra que a comunicadora da Malveira e o ‘vizinho’ alentejano não esquecem. «Isto é muito difícil. Quem nunca teve um canto como este não consegue compreender. Quem vive na cidade não tem a mesma noção. A terra fala, as paredes têm todas história. Foi tudo feito com muito sofrimento», justificou, perante o olhar de desgosto – e o silêncio – de Cláudio.
«No dia 7 [de janeiro] vão fechar as portas daquela casa. No dia em que fizermos um ano deste programa, há gente a fechar as portas de sua casa», terminou Cristina, que desde a sua estreia na SIC designa o formato das manhãs do canal de Paço de Arcos como a sua ‘casa’.