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Folha de São Paulo, não tente me enganar. Não gosto, por Rui Daher

Fui assinante da Folha de São Paulo por cerca de 40 anos. Cancelei a assinatura, creio, em 2007, depois de notar uma neutralidade de araque.

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Folha de São Paulo, não tente me enganar. Não gosto, por Rui Daher

“Não se deixem enganar pela economia”, postei semana passada.

Fui assinante da Folha de São Paulo por cerca de 40 anos. Cancelei a assinatura, creio, em 2007, depois de notar uma neutralidade de araque. O jornal da família Frias estava ruim, e pior ficou depois do falecimento do, ao menos culto, Otavinho.

No sábado, havia passado uma tarde agradável no bar e restaurante Riobaldo, Vila Madalena, São Paulo, entre jurássicos amigos do GGN, e de Luís e Lourdes Nassif, esta minha caridosa editora.

Para o domingo, existia a perspectiva de graciosa grelha em minha casa, com fraternos e alegres amigos. Foi também 12 por 8, como os médicos dizem deve ser a nossa pressão arterial, mesmo quando o país caminha para um regime de exceção.

Não seria ontem, pois, que iria dar-me ao trabalho de interpretar a pesquisa Datafolha que avali(s)ou o governo de Jair Bolsonaro, o Regente Insano Primeiro.

No site do jornal, logo cedo: “Recuperação da economia não deixa cair a popularidade de Bolsonaro”. Paro por aí. Já sabem, não assinantes são impedidos de ir além.

Os únicos pensamentos que chegaram aos meus poucos neurônios foram de interrogações. Ah, “recuperação”? Ah, “não deixa cair”? Lembro que na pesquisa anterior do instituto a aprovação já houvera caído bastante. O que mudou?

Agora, domingo, dia oito de dezembro, noite alta, momento em que escrevo, o site da FSP informa:

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“Gestão na área econômica é aprovada por 25% (os ‘ótimo e bom’, eram 20% no final de agosto); enquanto 29% aprovam, hoje em dia, o trabalho anticorrupção, quando o índice era de 34% em agosto (…) 43% dos entrevistados avaliam que a situação econômica vai melhorar e 53% que sua situação pessoal também irá melhorar (…), mas 43% nunca acreditam no que diz Bolsonaro, e 19% sempre acreditam”.

E o que isso significa? Nada. Pela inexpressividade das diferenças numéricas, por efeitos sazonais, como o mês natalino e de pagamento do décimo terceiro salário que caracterizam sempre aumento da demanda, portanto mais otimismo, o “vai melhorar”, vem das contratações de temporários.

Vai, vai, vai. Sempre ao Acordo Secular de Elites, cabe dizer que um dia irá. Quem sabe um bom enredo para a paulistana escola de samba “Vai Vai”, no Carnaval 2020.

Para a queda no item combate à corrupção, ao fato a própria FSP se dá o crédito de causa, pelas suas “corajosas” reportagens e a usual tosca reação de Jair.

Queridos e queridas, Nestor e Pestana, jornalistas do BRD, Blog do Rui Daher, morrem de rir, nenhuma garrafa salineira à vista, com o ridículo saído da rua Barão de Limeira. Confusa e bobona.

Só que não. Hoje, segunda-feira, 9/12, a manchete da Folha traz Lula, novamente, para o palco, por entrevista de Marcelo Odebrecht. “Lula pediu para que a Odebrecht fizesse um projeto em Cuba”.

Seria o caso de perguntar, e daí, e daí? Pior, o teor da entrevista não induz a nenhum ilícito, mas a chamada em primeira página, sim. A Folha de São Paulo está para o sapo barbudo, como o escorpião e seu instinto.

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Estranho país, este. Ou não.

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