Justiça mantém prisão preventiva de Edson Brittes

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Foto: Reprodução/Facebook

A justiça negou o pedido de revogação da prisão preventiva do empresário que confessou ter matado o jogador Daniel, em outubro do ano passado, na Grande Curitiba. A juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, afirma que os fatos que motivaram a custódia de Edson Brittes são suficientes para manter a prisão. Ele foi preso por suposta coação a testemunhas e alteração de provas. A juíza ainda destaca que o empresário está detido para a garantia da instrução penal. Durante as audiências, testemunhas manifestaram temor, em relação a Edson Brittes, o que poderia levar à modificação dos depoimentos, caso o réu fosse solto.

Nesse caso, a coação poderia se configurar, ainda que o empresário estivesse com algum monitoramento eletrônico. Por isso, a juíza ressaltou que a aplicação de medidas cautelares à prisão é insuficiente. A defesa de Edson Brittes disse que respeita a decisão, mas informa que vai recorrer ao Tribunal de Justiça.

Para o advogado Cláudio Dalledone Júnior, o empresário detém todas as condições para que tivesse a prisão preventiva convertida em medidas cautelares. Antes da manifestação da juíza, o Ministério Público já tinha defendido a manutenção da prisão. Edison Brittes responde pelos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel e outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e coação no curso do processo.

Ele é o único dos sete envolvidos na morte do jogador Daniel que segue preso. A ação penal aguarda a decisão de pronúncia, que pode levar os sete réus a júri popular, mas por diferentes crimes. Daniel foi encontrado morto em 27 de outubro de 2018, perto de uma estrada rural da Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ele apresentava sinais de agressões e mutilações.

O assassino confesso diz que cometeu o crime para defender a esposa de uma tentativa de estupro, mas a tese da defesa não foi confirmada nas investigações. A esposa e a filha de Edson Brittes também respondem ao processo. Daniel estava na festa de aniversário de Allana Brites, antes de ser morto.

Reportagem: Cleverson Bravo/Thaissa Martiniuk

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