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Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia
Foto: WILL OLIVER/EPA

Turquia expulsa 11 franceses suspeitos de serem jiadistas

Onze franceses suspeitos de serem jiadistas combatentes do grupo extremista Estado Islâmico, e que estavam detidos na Turquia, foram esta segunda-feira expulsos para a França.

"A expulsão de combatentes terroristas estrangeiros continua e 11 franceses foram enviados" para o seu país de origem, afirmou o Ministério do Interior turco num comunicado.

Uma fonte do ministério disse que as expulsões ocorreram esta segunda-feira de manhã.

A decisão de expulsar esses franceses, suspeitos de pertencer ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), foi anunciada por um porta-voz do Ministério do Interior turco a 11 de novembro, quando Ancara começou a enviar alegados 'jihadistas' estrangeiros detidos na Turquia para os seus países de origem.

Uma fonte próxima ao caso em Paris disse que estes cidadãos franceses expulsos na Turquia eram "principalmente mulheres". Algumas dessas pessoas estão presas "há muito tempo" e outras chegaram "mais recentemente", disse a fonte.

Todas essas pessoas serão detidas e apresentadas a um juiz após a sua chegada à França, como parte do "protocolo Cazeneuve". Assinado em 2014, este acordo de cooperação policial entre Paris e Ancara permite que os jiadistas que retornam da Síria via Turquia sejam imediatamente intercetados no seu retorno.

A Turquia, atingida por vários ataques cometidos pelo EI, juntou-se à coligação "anti-jiadista" em 2015.

Ancara foi acusada nas últimas semanas de enfraquecer a luta contra os elementos dispersos do EI, ao lançar uma ofensiva a 9 de outubro contra a milícia curda das Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma das organizações que liderava a luta contra os jiadistas do EI na Síria.