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(Foto: Divulgação)
Colonização italiana

Italianos de Santa Catarina querem corrigir erro histórico

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Com o lema “Non si può negare la storia, la vera storia!” (Não se pode negar a história, a verdadeira história), o movimento “SC Requer a Correção do Erro Histórico” teve seu início em 12 de janeiro de 2018, data em que o Diário Oficial da União (DOU) publicou a lei federal nº. 13.617/2018, sancionada pelo então presidente Michel Temer no dia anterior.

Após a leitura da lei, o historiador Paulo Vendelino Kons, que residiu na Colônia Nova Itália, publicou uma Nota Técnica, na qual informa que “o Congresso Nacional e o presidente Michel Temer atribuíram, equivocadamente, ao município de Santa Teresa, no Espírito Santo, o título de “Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”, que de fato pertence à Colônia Nova Itália, no município de São João Batista, Santa Catarina.

O pioneirismo catarinense na imigração italiana na Brasil é fato histórico incontroverso. Cito apenas um dos historiadores brasileiros sem vínculo com Santa Catarina:

“O estado de Santa Catarina foi pioneiro em fato de colonização italiana. Já em 1836 o suíço Enrico Shutel, agente consular do rei da Sardenha, fazia chegar ao Brasil 180 imigrantes sardos que no dizer de Lucas Boiteux eram indivíduos de constituição robusta, alegres, corajosos, exaltados em suas paixões. Shutel e o inglês Carlos Demaria tinham conseguido do governo provincial uma concessão de mil braças, ainda não demarcada e em caráter provisório, à margem do rio Tijucas Grande nas imediações de São João Batista, então pertencente ao município de São Miguel, onde fundaram a colônia Nova Itália” (CENNI, Franco. Italianos no Brasil: “Andiamo in ‘Merica…" 3ª edição. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2003, p.183-4).

Fundada em 1836 no Vale do Rio Tijucas-grande, a Colônia Nova Itália, no atual município de São João Batista é, inequivocamente, o Berço da Imigração Italiana no Brasil.