Já há nova Miss Universo: "Cresci num mundo onde uma mulher como eu nunca foi considerada bonita"
by LusaZozibini Tunzi, da África do Sul, venceu no domingo a competição Miss Universo 2019, este domingo à noite, tornando-se a primeira mulher negra a vencer desde 2011, quando Leila Lopes, de Angola, arrecadou o título. Considera que a liderança é a característica mais importante que as mulheres devem ter.
Tunzi, de 26 anos, natural de Tsolo, é terceira sul-africana a ter sucesso na história desta competição, conquistando o público e o júri com as suas ideias contra o racismo e o machismo, venceu a gala realizada neste domingo à noite em Atlanta, Estados Unidos.
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Para chegar ao título da 68.ª edição do concurso, a sul-africana superou concorrentes de outros 89 países.
A porto-riquenha Madison Anderson, foi nomeada primeira dama de honra e a mexicana Sofía Aragón foi escolhida como a segunda dama de honra
"Eu cresci num mundo onde uma mulher como eu, com o meu tipo de pele e cabelo, nunca foi considerada bonita. E acho que é hora de isso terminar hoje", disse Tunzi, na sua última mensagem antes da deliberação final. Quando questionada sobre a coisa mais importante que as mulheres devem aprender, considera que é a liderança, na luta contra o "rótulo" que a sociedade lhes impõe.
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"Liderança. É algo que falta a mulheres e mulheres jovens há muito tempo, não porque elas não a desejavam, mas por causa de como a sociedade rotulou como as mulheres deveriam ser", disse.
A última mulher negra a vencer tinha sido a angolana Leila Lopes, em 2011, na altura com 25 anos, que foi eleita Miss Universo numa gala que decorreu na cidade brasileira de São Paulo.
Nas suas considerações finais, Tunzi acrescenta que deseja representar as crianças do mundo, tendo os seu rostos refletidos no dela.
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