https://www.otempo.com.br/image/contentid/policy:1.2271746:1575895750/RuaTirol.JPG?f=3x2&w=1280&$p$f$w=f149d30
Caso aconteceu na rua Tirol, no bairro Conjunto TaquarilFoto: Reprodução/Google StreetView

Família comemora gol no Cruzeiro e é ameaçada de morte por vizinho em BH

O homem arremessou vasos de planta e pedaços de tijolo no quintal da família e ainda se negou a receber a polícia

by

Gritos após o primeiro gol do Palmeiras sobre o Cruzeiro na partida que carimbou o rebaixamento da equipe celeste na tarde desse domingo (8), foram o estopim para uma confusão entre vizinhos no bairro Conjunto Taquaril, na região Leste de Belo Horizonte. Um homem de 38 anos, incomodado com a euforia de uma família que vive em uma residência vizinha à sua na rua Tirol, proferiu ameaças de morte contra a matriarca, chamou uma jovem de 19 anos de "piranha" e ainda arremessou vasos de planta e pedaços de tijolo no quintal dos rivais, como registrado no boletim de ocorrência. 

À polícia, a mulher de 44 anos ameaçada de morte pelo vizinho contou estar em sua casa assistindo o jogo com os filhos na tarde desse domingo (8), assim como o morador da residência ao lado da sua. Após o primeiro gol do Palmeiras, no segundo tempo da partida, um dos membros da família teria gritado, o que incomodou o vizinho. Este, então, teria jogado vasos de planta e pedaços de tijolos no quintal da mulher. 

Após arremessar os objetos, o homem teria dito que iria "descer" até a casa da família para matar a mulher mais velha. Não satisfeito, segundo o boletim de ocorrência, ele ainda xingou de "piranha" a filha da mulher, uma jovem de apenas 19 anos. Quando os militares tentaram conversar com o homem, ele se negou a receber a guarnição dizendo que não sairia de casa para falar com os policiais. A ocorrência seguiu para uma delegacia de Polícia Civil, em Belo Horizonte, onde foi encerrada. 

Nesta segunda-feira (9), o patriarca da família, o fiscal de transporte público, Antônio Marcos Almeida, de 48 anos, procurou a reportagem de O Tempo, e afirmou que acionará o agressor na justiça. Segundo Almeida, nas agressões, houve injúria racial dentre outras ofensas. 

"Eu não estava no momento, mas vou entrar na justiça e esse caso não vai se encerrar assim. Ele chamou minha filha de piranha diversas vezes e meu filho de macaco. Isso é injúria racial, a sociedade não pode permitir isso mais", afirmou. 

Atualizado às 19h04, de segunda-feira (9).