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Dirigente destacou que obrigação do Cruzeiro é honrar compromissos com jogadores (Foto: Paulo Filgueiras/EM/D. A Press)

Perrella culpa Thiago Neves por vazamento de áudio e minimiza cobrança de pagamento: 'Nada de anormal'

Dirigente destacou que obrigação do Cruzeiro é honrar compromissos

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Na entrevista em que confirmou a demissão de Abel Braga e a contratação de Adilson Batista para o comando técnico do Cruzeiro, o gestor de futebol Zezé Perrella também falou sobre o áudio no qual Thiago Neves cobra o pagamento do salário de setembro antes da partida contra o CSA. O dirigente atribuiu o vazamento da gravação ao meia, mas, de antemão, tratou como normal a cobrança do dinheiro.

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No áudio, Thiago Neves se dirige a Zezé Perrella e pergunta sobre a viabilidade de o dirigente acertar com os atletas o complemento do pagamento do salário de setembro, na ordem de 60%. O meia via esse acerto como meio de motivar o elenco para a partida contra os alagoanos, no Mineirão, e chega a dispensar pagamento de bicho por uma eventual vitória. O vazamento ocorreu após a derrota celeste por 1 a 0.
Aquela conversa houve e, se vazou, vazou por ele. Foi uma conversa absolutamente normal, de quem tinha para receber cobrando de alguém que devia. A estranheza é ter vazado. Ele deve ter mandado para algum amigo, mas é conversa que acontece não só com o Thiago, mas com outros jogadores. Todo mundo que trabalha tem direito de receber e tem direito de cobrar sim. Ele, inclusive, no áudio, diz. Eu não estava dando bicho para não cair, ele estava abrindo mão dessa tabela e pedindo para que se colocasse o pagamento em dia para dar tranquilidade ao grupo. Não vejo nada de anormal nisso. Vocês que conhecem o futebol sabem as conversas que temos até com a imprensa em off. É normal. Estão querendo fazer tempestade em negócio normal. O que o Thiago fez de errado? Quem não recebe obviamente gera intranquilidade”, disse Perrella.
“Fiquei devendo a eles, paguei só 50% da folha (de setembro). Ele pediu abrindo mão da premiação se a gente conseguir colocar os outros 50% em dia. Uma conversa normal, normalíssima. Agora, ele vacilou, deve ter mandado o vídeo a um amigo dele, não partiria de mim. Passaria um vídeo em que estou sendo cobrado? O que há de anormal nisso? Ninguém tem que chamar ninguém de mercenário por causa disso aí, não”, acrescentou Perrella.
Na visão de Perrella, o Cruzeiro tem sim a obrigação de honrar o compromisso com o elenco, independentemente do alto valor do salário firmado com alguns atletas.
“Sei (que o torcedor xinga o jogador pelo áudio), mas por que o torcedor não chama o jogador de mercenário quando ele faz contrato de um milhão por mês? Se faço contrato a obrigação é cumpri-lo. Não me sinto constrangido de quem que eu devo me perguntar que dia eu vou pagar. Não estou defendendo o Thiago, não”, complementou Perrella.

Áudio de mulher

O gestor do futebol do Cruzeiro ainda desqualificou o conteúdo de um áudio, bastante difundido nos últimos dias, por meio do Whatsapp, no qual uma mulher faz revelações baseadas numa suposta conversa com o dirigente. “Voltando ainda ao tema de rebaixamento, dá nojo ver como o futebol mudou de uns tempos pra cá. As mídias sociais viraram coisa para assassinar reputações. Vazaram áudio meu de uma pessoa que diz que conversou comigo, que ia mandar seis jogadores embora, não sei nem que é a idiota que disse que falou comigo. E virou verdade. Se jogador não mudar comportamento em relação a mídias sociais... Então, negócio muito chato”.