Estrelas de K-pop condenadas por violação em grupo

Um tribunal sul-coreano considerou que os dois homens viram as vítimas como "objetos sexuais" para serem explorados. Os dois choraram na altura em que foi lido o veredicto.

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Um tribunal sul-coreano condenou duas estrelas de K-pop a cinco e seis anos de prisão por uma violação em grupo. Um dos cantores foi ainda condenado por distribuir vídeos de agressões sexuais a outras mulheres em grupos online.

De acordo com o The Guardian, Jung Joon-young e Choi Jong-hoon foram considerados culpados de violar em grupo duas mulheres em duas ocasiões. Os casos remontam a 2016. Jung Joon-young, de 30 anos, foi ainda condenado por gravar relações sexuais com outras mulheres sem o consentimento destas. Este caso é um dos vários exemplos de um fenómeno que preocupa a Coreia do Sul - histórias de câmaras ocultas utilizadas para filmar mulheres na sua intimidade. 

O homem partilhou os vídeos em chats com várias pessoas - entre as quais estava Seungri, um membro da banda sul-coreana de K-pop Big Bang que foi acusado de fornecer prostitutas a investidores estrangeiros em famosos clubes privados de Seul.

Jung, condenado a seis anos de prisão, e Choi, a cinco, afirmaram que as relações tinham sido consensuais. As afirmações dos cantores não convenceram a justiça sul-coreana. "Jung e Choi fizeram parte de uma violação em grupo a vítimas que estavam intoxicadas e incapacitadas para resistir", defendeu a acusação. 

O tribunal assegurou ainda que os homens viram as vítimas como "objetos sexuais" para serem explorados. Os dois choraram na altura em que foi lido o veredicto. 

Apesar de a pena mínima para violações na Coreia do Sul ser de três anos, várias pessoas consideram que a pena foi demasiado leve. Em publicações em redes sociais locais defendem que as vítimas têm que viver para sempre em agonia enquanto os homens vão sofrer durante apenas seis anos. 

Na passada semana, Goo Hara, uma jovem de 28 anos que tinha pertencido ao grupo de K-pop Hara, foi encontrada morta em sua casa. Um ano antes, tinha sido vítima de "revenge porn", quando um ex-namorado partilhou um vídeo ilícito de conteúdo sexual da artista – cuja existência Hara desconhecia.