ALERTA

Com avanço do coronavírus, HU será referência em tratamento

Pacientes devem ser atendidos em unidades locais nos municípios para investigar suspeitas

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O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) é a unidade referência em Mato Grosso do Sul, para atendimento de possíveis casos do novo coronavírus. Ontem (30), em meio ao alerta global emitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde definiu o hospital como responsável por tratar casos no Estado, se houverem. Ainda assim, a orientação é que qualquer paciente deve procurar uma unidade de saúde para determinar diagnóstico adequado.

Gerente de atenção à saúde do Humap, a médica infectologista Andréa Lindenberg explicou que a equipe da unidade está preparada para receber até mesmo pacientes do interior. “O Hospital Universitário não trabalha com livre demanda, então o paciente que tiver suspeita não deve se dirigir para nenhum hospital. O primeiro atendimento sempre será feito nas unidades de saúde. E dependendo do município, essa pessoa vai procurar atendimento na sua cidade, e se houver necessidade, será transferida para Campo Grande”.

Além dos profissionais do Humap, os técnicos das secretarias municipais e de Estado de Saúde estão sendo capacitados para lidar com eventuais casos da doença. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) da Capital informou que uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) será também definida como referência no atendimento. A escolha deve ocorrer ainda hoje (31).

A previsão é de que não sejam criados novos leitos para atender casos. A recomendação do ministério é isolar o paciente que estiver com suspeita do novo coronavírus. Portanto, a médica do Humap esclarece que apenas pessoas que estiveram ou entraram em contato com quem passou por países com casos confirmados serão tratados.

“Os sintomas são semelhantes com gripe e resfriado, então a definição vem com um quadro de febre, tosse, coriza e dificuldade respiratória, sempre atrelado à questão geográfica. Então, essa pessoa tem que ter vindo ou ter entrado em contato com alguém que veio de uma região acometida”, disse Andréa.

A médica ressalta ainda que as chances de contrair o vírus são remotas sem estar ou entrar em contato com pessoas que passaram pela China – onde se originou o surto –, Hong Kong, Macau, Taiwan, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, Vietnã, Nepal, Camboja, Sri Lanka, Emirados Árabes Unidos, Índia, Filipinas, Austrália, França, Alemanha, Finlândia, Estados Unidos e Canadá. No Brasil, nenhum caso foi confirmado e Mato Grosso do Sul não tem registros até agora.